A FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DO BRASIL NO SÉCULO XX


O início dos anos 30 do século XX foi marcado por uma crise interna das oligarquias do poder que resultou no processo que se denominou como “Revolução de 30”.

A Revolução de 1930, em que assumiu a presidência da República o gaúcho Getúlio Dornelles Vargas (1883-1954), inaugurou um longo e turbulento período histórico de reformas, levantes, repressões, contrareformas e tentativas de superação da condição de país “atrasado”, “subdesenvolvido”, “periférico” e “dependente”, termos se tornaram correntes em momentos sucessivos. Carlos Guilherme Mota (MOTA, Carlos Guilherme. História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2008., p.639)

O que pode ser dito sobre essa fase de nossa história política que se inicia com a Revolução de 30? Assinale a alternativa correta: 


Período se encerrou com a eleição direta do presidente Luís Inácio Lula da Silva no ano de 2002.


Período se encerrou com a morte do presidente, eleito por voto indiretamente, Tancredo Neves.


Período se encerrou com o processo de Impeachment que recaiu sobre o mandato do presidente Fernando Collor de Melo.


Período se encerrou com o afastamento político temporário da presidente Dilma Rousseff.


Período se encerrou com o golpe de Estado de 1964, instalando um regime ditatorial que se prolongou pelos vinte anos seguintes.

Washington Luís, após consultar os presidentes dos vinte estados que compunham o Brasil de então e receber o apoio de dezessete, resolve indicar o nome de Júlio Prestes como seu sucessor. Os três estados que negaram apoio a Júlio Prestes foram:


Santa Catarina, Amapá e Roraima.


Rio de Janeiro, Mato Grosso e Tocantins.


Amazonas, Pará e Maranhão.


Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba.


Sergipe, Paraná e São Paulo.

Reflita sobre as observações seguintes feitas por Renato Lessa:

"É um engano supor que o golpe de Estado de 15/11/1889 foi a materialização de um projeto de utopia, lentamente amadurecido por duas décadas de ação republicana. Talvez seja mais prudente supor que a relevância da propaganda republicana se deve, apenas, ao fato de que se proclamou uma república, que lhe reivindicou como memória". (Lessa, Renato. "A invenção republicana". 1988, p. 38.)

Quando pensamos em Proclamação da República no Brasil é preciso, sobretudo, problematizar as suas motivações. Pensando assim, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com  F as falsas.

(  ) A insatisfação de veteranos da Guerra do Paraguai foi o mote para a participação dos militares no processo.

(  ) Muito embora houvesse discordâncias entre os próprios republicanos, o governo do marechal Deodoro da Fonseca se mostrou extremamente pacífico e estável.

(  ) A grande participação popular e engajamento dos blocos operários e camponeses foi a característica mais marcante da proclamação de nossa República.

Agora, aponte a alternativa com a sequência correta:    


F; F; F
V; V; F
V; F; F
F; F; V
V; V; V

Leia o trecho seguinte:

“Coexistiriam (...) três tendências principais: o realismo (fiel aos aspecto exterior dos objetos e dos seres); a interpretação (ruptura das formas plásticas; tem os aspectos exteriores como ponto de partida, mas sua simples reprodução já não é suficiente); e a abstração pura (a obra não representa nenhuma imagem, nenhum aspecto do mundo palpável).” (REZENDE, Neide. A Semana de Arte Moderna. São Paulo: Editora Ática, 2006, p. 57)

Dentre os artistas plásticos que se destacaram na Semana de Arte Moderna de 1922, podemos apontar:


Modigliani e Pablo Picasso
Anita Malfatti e Di Cavalcanti
Djanira e Aldemir Martins
Salvador Dali e James Tissot
Toulouse-Lautrec e Miró

Leia atentamente:

“A linguagem se apresenta exagerada, grotesca, estereotipada, por vezes exercitando uma espécie de expressionismo e aproximando-se da via paródica...” (REZENDE, Neide. A Semana de Arte Moderna. São Paulo: Editora Ática, 2006, p. 67)

Dentre os escritores (prosa) que se destacaram na Semana de Arte Moderna de 1922, podemos apontar:


Euclides da Cunha e José Lins do Rego
Jorge Amado e Graciliano Ramos
José de Alencar e Machado de Assis
Aluizio Azevedo e Lima Barreto
Mário de Andrade e Graça Aranha

Atente para o comentário do historiador José Murilo de Carvalho:

“O problema central a ser resolvido pelo Novo Regime era a organização de outro pacto de poder que pudesse substituir o arranjo imperial com grau suficiente de estabilidade. O próprio presidente Campos Sales resumiu claramente seu objetivo: “É de lá, dos estados, que se governa a República, por cima das multidões que tumultuam agitadas nas ruas da capital da União. A política dos estados é a política nacional”. (CARVALHO, J. M. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987)

O intuito político expresso da declaração mencionada é o de:


obter o apoio integral dos grupos que compunham a elite fundiária.
oferecer autonomia absoluta aos governadores de estados periféricos.
administrar com o máximo de participação popular.
harmonizar as relações entre proprietários e camponeses anarquistas.
descentralizar o poder político e socializar o setor agrário.

Reflita um instante:

A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância de presidência entre os dois estados, não passa de uma idealização de um processo muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundas divergências políticas colocavam-nos em confronto por causa de diferentes graus de envolvimento no comércio exterior. (TOPIK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930. Rio de Janeiro: Record, 1989).

A expressão geralmente utilizada quando os historiadores querem se referir à política brasileira da República Velha é “café com leite”. O termo indica as articulações políticas entre os estados do sudeste (Minas Gerais – São Paulo). Contudo, é importante observar que:


A industrialização e urbanização que caracterizava a política café com leite foi suplantada pelo ruralismo dos demais estados.
O grande fator de desestabilização política foi, justamente, a descentralização política que saiu das mãos dos gaúchos para o monopólio mineiro e paulista. 
O clima interno dessa aliança era marcado por disputas políticas cada vez mais acirradas e que indicavam uma crise inevitável.
A poder econômico da cafeicultura permitia aos partidos desses estados indicar, arbitrariamente, o presidente da República.
O anarquismo dominou de tal forma o cenário político de São Paulo que a aliança com o socialismo mineiro ficou insustentável.

No livro São Bernardo do escritor alagoano Graciliano Ramos, o personagem Paulo Honório consegue recurso para revitalizar a propriedade rural que havia adquirido. O leitor da obra percebe que as relações do fazendeiro com as autoridades estudais, sobretudo, o governador do estado, são usadas pelo proprietário na obtenção de favores econômicos. Essa troca de favores entre fazendeiros e autoridades e entre fazendeiros e o próprio eleitorado regional recebe na historiografia uma denominação específica. A que nos referimos? Assinale a alternativa correta:


Fascismo
Liberalismo
Clientelismo
 Integralismo
Colonialismo

Preste atenção no apontamento seguinte:

“... a democracia nascente definia-se desde logo como uma democracia elitista e limitada, que correspondia a um refinamento da dominação de classe dos proprietários de terras no plano das instituições políticas, configurando um novo modelo de exclusão política.” (SAES, Décio. Classe média e sistema político no Brasil. São Paulo: T. A. Queiroz, 1984.)

Quando pensamos na associação entre regime democrático e a aristocracia rural brasileira, podemos concluir...


laicização do Estado, findando o sistema de padroado que vigorou durante o Império.
o fortalecimento das agremiações de operários e camponeses através de uma nova política trabalhista.
o sufrágio universal, com restrições, apenas, aos militares e sacerdotes ligados à estrutura episcopal.
a implantação do federalismo, onde o legislativo e o executivo estadual teriam autonomia absoluta em relação ao governo federal.
a adoção do presidencialismo como sistema padrão, em que o presidente escolhia um executivo atrelado ao poder dos grandes cafeicultores paulistas.

Leia o comentário da professora Lúcia da Silva Eitel:

"A Proclamação da República não trouxe ao país um período de paz. Havia muita agitação e discordância dentro do próprio Partido Republicano. O motivo do grande descontentamento era o próprio Marechal Deodoro, que governava de modo muito semelhante ao de um Imperador. Depois de dois anos de governo, Deodoro da Fonseca acabou renunciando, isto é, abandonando a presidência; em seu lugar, assumiu o vice-presidente, Marechal Floriano Peixoto. O governo de Floriano Peixoto também foi um período agitado." (EITEL, Lúcia da Silva. Conhecendo o Paraná. São Paulo: Ática, 1992).

A chamada Revolução Federalista se deu naquele período político conturbado do governo Floriano Peixoto. Considerando esse panorama, marque V para as assertivas verdadeiras e F para as falsas.

(  ) Pediam, os federalistas, o fortalecimento e a centralização do poder político exercido pelo governo federal.

(  ) A implantação de uma sistema socialista no  Brasil, sobretudo, no Paraná,  era o objetivo primeiro dos federalistas.

(  ) Os federalistas sonhavam com Estado republicano que centralizasse menos o poder; concedendo maior autonomia à periferia política do país.

(  ) Lapa e Curitiba são duas das importantes cidades paranaenses ligadas à chamada Revolução Federalista.

(  ) Os federalistas queriam estabelecer a ordem política do Segundo Reinado, reestabelecendo a monarquia brasileira.

Agora, aponte a alternativa com a sequência correta:    


V; F; F; V; V
V; V; F; F; F
F; F; V; V; F
F; F; F; F; F
V; V; V; F; V
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